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Agressividade: Personalidade ou Sintoma de uma doença?

Bem, todos nós temos a agressividade como característica da nossa personalidade. Uns com mais ênfase, outros com menos. Uns com agressividade ao outro, outros com a agressividade a si mesmo. O que vai diferenciar de uma agressividade com ou sem prejuízos para a pessoa é o nível que a agressividade se encontra. Se estiver trazendo problemas para a pessoa, é indicado que se inicie o  tratamento com o psicólogo (e/ou psiquiatra).

“Ele/a tem um gênio difícil”

E então todos evitam irritá-lo. Se acostumam evitar muitas coisas para não despertar a agressividade da pessoa. Isso gera reforço positivo ao agressor e pode ficar insustentável. Será que ele vai ter essa proteção em todos os ambientes que passará?

È sofrido ser agredido né? Mas você sabia que a pessoa que agride também pode estar sofrendo? Ela pode se sentir culpada por não ter conseguido de novo controlar seu impulso agressivo. Ela pode ter tentado sem conseguir reestabelecer o controle, ela pode ficar cega de raiva, ou seja, não enxerga mais nada, só o objeto de ataque. Tem uma coisa dentro que a faz colocar aquilo para fora. Enquanto não coloca para fora, não se acalma. (ex. a pesso com TEI (transtorno explosivo intermitente).

Explode, e fica quieto? Sensação de alívio? De culpa? De Remorso?

Não é normal ser agressivo, normalmente esse comportamento traz prejuízos para a pessoa que provoca a agressividade e para a pessoa que é agredida.

Aqui não falamos só de agressão física, as agressões verbais muitas vezes são tão dolorosas como as agressões físicas. As agressões demonstram um descontrole emocional. As agressões físicas são mais contidas, assim, a agressão verbal ocorre numa proporção muito maior que a agressão física.

Surpreendentemente existe um grande número de doenças que têm a raiva e irritabilidade como sintomas ou, certos medicamentos também podem evidenciar estes traços da personalidade.

Hipertiroidismo; Colesterol alto; Diabetes; Alzheimer;Inflamações no fígado; Acidente Vascular Cerebral, são doenças que podem alterar a produção da serotonina que é a substância responsável pela sensação de bem estar, e nessa fase, a irritabilidade e agressividade podem se manifestar fortemente.

Mas, vamos falar 6 situações que podem despertar a agressividade:

  • TAB – transtorno afetivo Bipolar traz implicação no contexto social e familiar pois provoca mudanças de comportamentos repentinos. Centrado nas alterações do humor, subdividindo-se em dois polos da doença: o humor depressivo e o humor eufórico, também caracterizado como a fase de mania da doença”. Entretanto, não é apenas o humor que sofre alteração no TAB, algumas funções cerebrais também sofrem alterações como as que estão relacionadas com os ritmos biológicos, entre eles a impulsividade.
  • TEI – Transtorno explosivo intermitente: Caracterizada por ataques de fúria, caracterizado por um comportamento agressivo desproporcional à situação. Nesses casos é comum a briga de trânsito. A pessoa com TEI assusta fortemente quem está por perto, pois as explosões comportamentais são resultantes de uma falha em controlar impulsos agressivos. É como se virasse uma chave na pessoa.
  • Depressão: a doença não é expressada somente pela tristeza, mas também pela irritabilidade. “Outros sintomas podem ser também raiva, agitação e irritação”, disse o Dr. Paul Blenkiron, psiquiatra do Bootham Park Hospital. Estas características são apontados particularmente nos homens, pois eles experimentam menos os sentimentos de falta de esperança e descontentamento com si mesmos do que as mulheres. “Esta forma extrema de depressão afeta 5% das pessoas que têm a doença. Inquietação, insônia e pensamentos negativos também são outros sintomas”, explicou a Dra Stokes-Lampard.Como a depressão também é relacionada aos níveis de serotonina no corpo, o tratamento envolve antidepressivos ou terapias alternativas, para tentar afastar os pensamentos negativos.
  • Tricotilomania: entenda a compulsão por arrancar os cabelos. Pessoas com tricotilomania tiram não apenas os fios do couro cabeludo, mas também do púbis, das sobrancelhas e dos cílios; em muitos casos, a patologia aparece com sintomas de depressão e ansiedade. Vários nem sentem dor ao arrancá-los. Típico da tricotilomania é também o ato de “brincar” com os cabelos arrancados. Os pacientes os passam sobre os lábios, colocam na boca ou os enlaçam entre os dedos.
  • Tensão Pré-Menstrual (TPM): as mulheres sempre passam por “aqueles dias do mês” em que as emoções ficam, muitas vezes, incontroláveis, com picos de raiva e depressão, mas há uma explicação para isso. A síndrome pré-menstrual acontece quando os níveis dos hormônios, como estrógeno e progesterona, caem no fim do ciclo menstrual, geralmente na semana antes da menstruação. “Apesar do mecanismo não ser totalmente entendido pela medicina, este resultado parece ter um efeito devastador sobre a serotonina”, disse a Dra. Stokes-Lampard, especialista em saúde da mulher. O mesmo processo pode acontecer também na menopausa, também devido a queda do estrógeno.
  • Insônia: dormir mal é uma das causas gerais de distúrbios de comportamento, mas alguns remédios usados para tratamento de insônia podem ativar uma agressividade excessiva, segundo o professor Bazire. As benzodiazepinas, que às vezes são prescritas também para controle de ansiedade, trabalham na desaceleração das funções cerebrais e, mesmo afetando 1% dos usuários, pode transformar personalidades já com características de irritabilidade ainda mais agressivas. Trocar o medicamento é a melhor solução

Assim, existem comportamentos que podem ser mudados para a pessoa aprender a reagir de outra forma e ter controle sobre seu comportamento. É o que se faz na terapia cognitivo comportamental. Algumas vezes pode ter a compulsão e pode ser necessário um tratamento medicamentoso em paralelo ao tratamento com o psicólogo. Em todas as situações acima citadas, conhecer como cada um funciona, o que vira a chave para despertar a agressividade, quais os mecanismos de defesa que a pessoa usa, técnicas de mudança de comportamento para controle dos impulsos, fazem parte do tratamento.

É possível voltar a ter controle sobre seu comportamento e a vida fica muito mais feliz quando você a conduz, quando você sabe a direção que quer levá-la.

Um abraço,

Psicóloga Ednea Dias

Clinica de Psicologia Dias Para Viver

Psicólogos em diversas regiões de SP, todos experientes e com atendimento das 7h às 22h, além dos sábados. Reconstruir às vezes é necessário e buscar o equilíbrio físico, mental e espiritual é base do nosso tratamento, com o foco no: Pensar, sentir e agir. O pensamento nos leva a sentir algo e esse sentimento nos conduz a uma ação. Antes de sermos profissionais, somos seres humanos. Amamos o que fazemos e nos dedicamos em estudar constantemente, ler, participar de congressos e simpósios, e trazer a melhor solução para cada um, individualmente, Ainda que seja a mesma doença, entendemos que as pessoas são diferentes, têm histórias de vidas diferentes e merecem atenção e acolhimento, olhando nos olhos delas, entendendo a dor, o conflito dela. Esperamos poder ajudar seja: Ansiedade, Depressão, TOC, Transtornos, Pânico, Compulsão, Dependência, Dificuldades em geral.

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