Jogo do Silêncio… um sonho para os pais e educadores ! Uma atividade muito bem vinda no consultório psicológico.
Para melhorar a concentração das crianças, lá vem o desafio: O Jogo do Silêncio
Essa atividade ganha espaço com os educadores por todos os benefícios que trazem. Primeiro é importante lembrar que deve ser bem treinado pois as brincadeiras infantis tendem a serem barulhentas
Essa atividade estimula a criança a permanecer por um tempo –em geral, um minuto– sem fazer nenhum ruído, para que possa prestar atenção ao próprio corpo e ao ambiente ao redor.
Em um mundo cheio de estímulos sonoros, parece inacreditável que a proposta funcione, mas quando as crianças aprendem a “jogar”, elas adoram participar da brincadeira, que traz benefícios como o aumento da concentração, da disciplina, da tranquilidade e do autocontrole.
“As pessoas se enganam quando acreditam que uma criança feliz seja necessariamente barulhenta e bagunceira. É preciso um treino para que os pequenos consigam chegar nesse estado de silêncio e ouvir seu corpo, sentir seus órgãos (coração… respiração…) Quando convidamos as crianças ao silêncio, elas se sentem muito bem, pois percebem que são capazes de se controlar e de ouvir sons que antes não ouviam, e isso gera prazer.”
Se ouvir e ouvir o ambiente?
Tão importante como convidar as crianças a se perceberem, é fazer com que elas ouçam o inaudível. Os sons da natureza que não escutamos nessa loucura do dia a dia. O que nos chama a atenção é o trânsito, o barulho, mas como ouvir aquele som lá de fundo? Silenciando! Em um primeiro momento, as crianças prestarão mais atenção ao próprio corpo, sentindo e entendendo seus movimentos. “Aquelas que já desenvolveram essa percepção, começam a sentir o ambiente externo.”
De onde vem essa técnica?
O jogo foi desenvolvido pela pedagoga italiana Maria Montessori, que, no século 20, criou um método educacional conhecido por valorizar a individualidade e a liberdade da criança e estimular suas percepções sensoriais e motoras. “Maria Montessori gostava de experimentar e, certa vez, mostrou a seus alunos como era quieto um bebê de quatro meses, desafiando-os a fazerem o mesmo. O resultado foi bastante satisfatório e, desde então, a técnica vem sendo aplicada nas escolas que seguem sua linha pedagógica em diversos países do mundo.” Vale lembrar que essa atividade não é para calar as crianças mas sim mais uma atividade para essa turminha em fase de desenvolvimento, com benefícios diferentes de outras maneiras do “brincar” ou “jogar”.
Desenvolve adultos mais equilibrados e focados…
Assim que o jogo termina, as crianças experimentam uma sensação de bem-estar e relaxamento. “Com a prática, naturalmente, elas passam a fazer menos barulho em sala de aula e também em casa, além de demonstrarem grande respeito pelo ambiente e pelos outros.”
“ O jogo é praticado todos os dias, às vezes, mais de uma vez. Trata-se de um momento de paz e de reflexão, que contribui para a formação de um ser humano calmo, equilibrado e focado.”
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