Na saúde e na doença, por todos os dias da nossa vida, até que a morte nos separe!
Do altar para fórum, e o número de divórcios crescem cada vez mais. Pois é, promessas chegam ao fim, casais se separam e as crianças precisam aprender de uma forma meio abrupta, a conviver com a separação e conflitos dos pais.
O abandono afetivo ocorre após a decisão da separação, os pais (a mãe, o pai ou ambos) deixam de se fazer presentes na vida dos filhos e travam uma batalha de poder, e o distanciamento e desprezo gera mágoas e revolta para uma das partes, que começa a alienar o outro genitor.
Chamamos de alienação parental quando um dos pais tenta afastar ( deliberada ou inconsciente) o filho e criar atritos com o outro genitor, motivado pela raiva, vingança e a dor da separação que não é aceita (muitas vezes o outro ainda é objeto de amor). Pais que agem dessa forma esquecem que além de necessidades financeiras e materiais, há as necessidades de afeto, proteção, amor e amparo.
O alienador procura desmerecer e culpar o outro genitor, ainda diz que essa ação é uma medida de proteção, acaba usando a criança como munição na hora de uma discussão. Com o tempo, isso vai aumentando a dimensão, impedindo muitos contatos e rompendo – se vínculos entre o alienado e os filhos.
As crianças que vivem nesse ambiente hostil, que sofrem do abandono afetivo, da falta de amor, carinho e atenção, podem sofrer consequências como distúrbios alimentares, timidez, problemas de atenção e concentração, drogas, e construirão uma memória negativa da constituição familiar e de relacionamento.
Além de prejuízos de cunho psicológico, no campo jurídico, se constatado a alienação, o guardião da criança poderá sofrer sanções, inclusive a inversão da guarda.
Toda criança precisa se sentir acolhida, amada, quista, para fortalecimento de vínculos familiares e sociais, construção de sua personalidade e autoestima.
Por isso, no momento do divórcio, os pais devem estar maduros e cientes de que destitui-se um papel de marido e mulher, mas não de pais. Assim, é indicado que se busque a ajuda profissional de um psicólogo para que a criança elabore melhor essa separação, não deixando assim, seus filhos órfãos de pais vivos.
Por Eliane Rocha França
Psicóloga
Psicóloga