Síndrome do impostor

Você se sente uma mentira? Uma farça?

Acha que engana os outros, que você não é tudo aquilo que as pessoas pensam que você é?

E, fica com muito medo de ser desmascarado em algum momento? Acredita que seu sucesso decorre de sorte, acaso ou mesmo de uma ação divina?

O pior de tudo, é ficar em estado de alerta, tenso, ansioso, angustiado o tempo todo para que você não seja desmascarado a qualquer momento.

Bem, chamamos isso a síndrome do impostor.

Esse termo foi usado a primeira vez pela psicóloga Dra. Pauline Clance, no final da década de 1970. Refere-se a um conjunto de sentimentos que reúne medo, dúvida, apreensão e um ciclo de ansiedade pós-sucesso.

A síndrome do impostor é uma desordem psicológica na qual a pessoa não consegue aceitar e admitir suas conquistas, pois acredita que todo o seu sucesso e êxito se devem à sorte ou porque alguém ajudou. Assim, a pessoa acredita que é uma fraude, e que a qualquer momento alguém irá desmascará-la.

 

O termo “síndrome” não deveria ser aplicado nessa situação por não se aplicar a uma patologia específica. Quando falamos de síndrome, falamos de conjunto de sintomas que afetam diversas áreas, seria uma doença amplamente pesquisada, com um conjunto de fatores e sintomas descritos na CID, da Organização Mundial da Saúde. O termo, no entanto, já foi absorvido pela população. Os sentimentos que essa síndrome causa, podem evoluir para ansiedade ou depressão, se não forem tratados.

 

 

Teste para identificar a síndrome do impostor:

Não tem teste para identificar essa síndrome, mas, se você identificar 3 ou mais dos comportamentos descritos abaixo, é bem provável que você tenha a síndrome do impostor

 

  1. Necessidade de se esforçar mais que os outros

Sabe aquela pessoa que chega primeiro e sai por último? Que está sempre conectada com o trabalho? A pessoa com síndrome do impostor acredita que precisa se esforçar em excesso, muito mais que as outras pessoas, para justificar as suas conquistas e por achar que sabe menos que os outros. Ela precisa ter a certeza que tudo está certo, assim aparece a ansiedade por tentar ser perfeccionista. Ela tem bons resultados porque se esforça muito e isso vira uma regra para ela. Se parar de se esforçar, vão perceber que ela não é boa profissional. Essa dedicação toda, claro, causa um terrível esgotamento.

  1. Auto-sabotagem

Pessoas com esta síndrome acreditam que o fracasso é inevitável, e a qualquer momento alguém experiente irá desmascará-lo na frente dos outros. Assim, mesmo sem perceber, pode preferir se esforçar de menos, evitando gastar energia para algo que acredita que não dará certo e diminuindo as chances de ser julgado por outras pessoas.

    3. Todo mundo parece melhor que você

A pessoa sempre vai encontrar uma qualidade no outro que a faça se sentir menor, acredita que nunca é boa o suficiente em relação aos outros, o que gera muita angústia e insatisfação. Se sente incapaz, e se fecha diante do outro que é supremo ao seu lado. A comparação com o outro é constante e sempre resulta e diminuição da auto-estima.

 

  1. Medo de se expor / Fobia de reunião

Participar de reuniões é uma agonia tremenda, se expor, é se falar algo que as pessoas percebam que você não tem conhecimento suficiente? É comum que as pessoas com a síndrome do impostor estejam sempre fugindo de momentos em que podem ser avaliadas ou criticadas. É um alívio sair de uma apresentação ou reunião sem saldo negativo.

     5. Adiar tarefas

Quando a tarefa está relacionada com criticas ou avaliações, adia o máximo e sofre por ter essa pendência em sua vida. Nunca acredita que o trabalho está concluído, sempre acha que pode melhorar, não tem discernimento do que é bom ou ruim, até que o outro avalie, e, quando tem bons resultados, ao invés de ficar feliz, como outras pessoas, o que fala mais alto é o alívio por não ter sido criticado.

  1. Querer agradar a todos

Tentar causar boa impressão, tentar alcançar aprovação, Sentir se humilhado e se calar para conseguir bons resultados (agradar para ser bem avaliado).

Acreditar que, a qualquer momento, pessoas mais capacitadas irão substituí-la ou desmascará-la.

    7. Viver tenso num determinado ambiente

Medos exagerados de ser demitido, rejeitado, e pensamentos disfuncionais constantes de auto-reprovação.

Não relaxar nunca, sempre. Esperar que algum ruim poderá acontecer no próximo minuto.

Se o seu ramal toca, claro que será algum problema, ou que você fez algo errado. Sentir alívio quando não for isso.

    8. Perder a paz

Estar num ambiente que te traz tensão quase o tempo todo. Não conseguir desfrutar com tranquilidade os momentos no ambiente por acreditar que algo ruim poderá acontecer. Não relaxar. Estar estado de alerta constantemente.

Perceber que sua felicidade sumiu.

 

Tratamento

Auto-conhecimento é fundamental, e, com a terapia cognitiva comportamental, ajuda a entender os pensamentos disfuncionais, para que você possa perceber os gatilhos e técnicas de mudança de comportamento.

Aprender com o comportamento dos outros. Perceber o que outras pessoas fazem na mesma situação e tentar replicar esse comportamento.

Fazer meditação trazendo frases fortalecedoras.

Produzir mais ocitocina, endorfina, serotonina, dopamina, com atividades prazerosas: conversar com pessoas queridas, ouvir música, ouvir podcast, ver um vídeo ou filme, caminhar, ou praticar outra atividade física. Procurar seu momento “low”, de desfrute e safisfação.

Praticar a espiritualidade (seja com auxilio de uma religião ou não).

 

Ahhh, lembre-se sempre de praticar o bem, isso volta para você em formato de satisfação pessoal.

Um abraço demorado

Psicóloga Ednea Dias

Dica de Video :

 

https://www.unimed.coop.br/web/cabofrio/noticias/os-hormonios-da-felicidade

https://www.medicinanet.com.br/cid10.htm