Trauma: “Da Gravidade ao Nascimento” – “Do nascimento à morte” (nascer, crescer e matar)
TRAUMA: Da gravidade ao nascimento
“Não são as coisas que nos perturbam, mas a visão que temos dessas coisas.”
(Epíctetos, id.C.)
Por que as pessoas passam por uma mesma situação (às vezes juntas) e umas ficam traumatizadas e outras não?
Exemplo: Um grupo de funcionários bancários passa por um assalto. Desse grupo de 10 pessoas, uma delas, entrou em processo de adoecimento emocional em decorrência desse momento.
Bem, vai se surpreender, mas a maneira como você registra sua vivencia que vai definir se ela vai virar um trauma ou não. Assim, saiba que não é a pessoa que provocou a situação que vai definir se aquilo vai virar um sentimento negativo guardado, não é seu pai, sua mãe, seu cônjuge, seu gerente, enfim, não é o outro, e sim você. Como você interpretou esse momento, é que vai trazer o resultado dessa experiência.
“A maneira como as pessoas interpretam os eventos influencia diretamente a emoção e o comportamento.” (Beck, 1976)
No momento que você vivencia cada situação você busca algo relacionado em seus arquivos de memória, em milésimos de segundos, sem perceber, esse link entre o passado e o presente que vai determinar seu sentimento sobre a nova vivência.
O meio pode interferir nesses registros, vamos supor que com 10 anos, você está dentro de um elevador, fechado, e ele pára. Você está com sua mãe e ela entra em desespero e grita. Logo, você pode registrar que é apavorante ficar em um elevador, e a sua tendência é de desenvolver medo de elevador.
O fato é que mais forte que o meio é sua mente. Uma mãe pode dar a mesma orientação para seus filhos, mas um pode desenvolver medo maior que o outro. Sua personalidade pode falar mais alto que as influências do ambiente, sua mente é muito poderosa. Ela te conduz para os caminhos que vai escolher.
Você, muitas vezes não tem culpa sobre os caminhos que escolhe, pois é o que você estava preparado para seguir, com o conhecimento que tinha atingido naquele momento, fez a escolha.
É muito comum a pessoa se culpar tempos depois pela escolha “errada” que fez no passado. Mas é importante levar em consideração qual conhecimento tinha atingido no momento que fez a escolha, quais ferramentas tinha naquele momento, qual maturidade, qual segurança, qual incentivo, etc. Depois de algum tempo é mais fácil se arrepender, pois você adquire mais informações, conhecimento ferramentas, etc. Muitas vezes se torna injusto na culpa que se coloca.
Vamos para mais uma suposição: Uma pessoa é assaltada com 18 anos, o ladrão a aborda com uma arma e leva seu celular.
Essa pessoa pode sair desse assalto com gratidão por estar bem ou pode sair desse assalto com medo exagerado pelo risco de ser atingido fisicamente (agressão/morte), no momento do assalto.
As influências externas podem contribuir muito para que ela passe por essa situação complicada sem que fique um trauma. Por exemplo, a mãe ou o pai dar um abraço e acalmá-la dizendo que agora está tudo bem. Tentar trazer outras experiências boas para que o filho consiga distrair seu pensamento.
Outra grande influencia vem da maneira como mente da pessoa atua, como essa mente processa cada informação que recebe, a visão de si, do outro e do mundo, Ela está se acostumando a registrar cada informação que capta do mundo de qual forma? São 3 possíveis visões: Visão real, Visão negativa ou Visão positiva. Tão importante como classificar de maneira correta cada acontecimento, é sua intensidade que pode ser Leve, Moderado e Grave.
Algumas pessoas começam a registrar muitas informações como negativas e graves, quando poderiam registrar como negativas e leves e não se tornaria um trauma. isso começa a trazer algumas limitações, e evitações, e, depois de tempo de gestação (tempo esse que varia de trauma para trauma, e de pessoa para pessoa), nascem os TRAUMAS.
Eles podem vir em forma de fobias, depressões, ansiedades, pânicos, pensamentos obsessivos e transtornos obsessivos compulsivos, e, um dos mais comuns sintomas em consultórios: Baixa auto-estima, que reflete em variadas situações que merecem tratamento pois pode levar a diversos diagnósticos e até ao suicídio.
Assim sendo, venho trazer o olhar diferenciado para as crianças, adolescentes e adultos que estão crescendo com essa mente que registra de maneira errada um monte de informação, são os chamados pensamentos disfuncionais (errados). Vivem uma fantasia com ela mesma e não percebe que muita coisa é fruto de sua imaginação.
TRAUMA – Do nascimento à Morte
Vamos matar esse mal: trazer bons pensamentos e mente saudável? Praticando a cada acontecimento o pensamento, sentimento e comportamento adequados sobre a situação. Encontrar motivos para acreditar na gratidão. Indico um livro que muito pode ajudar nessa luta pela visão positiva do mundo: Pollyanna Menina. Nesse livro você vai conhecer o “jogo do contente”. Jogar esse jogo não é fácil, mas pode ser considerado um importante aliado das mentes saudáveis.
Se já estiver contaminado com suas visões negativas, e com dificuldade de dominar sua mente sozinho(a), busque o quanto antes a psicoterapia, e a linha cognitiva comportamental traz excelentes resultados.
Quanto mais tempo atingido, normalmente, mais longo é o processo. Por isso, corra! Sim, correr também faz bem, todo tido de prática de atividade física vai te fazer produzir uma dose maior de serotonina, que pode contribuir para a sensação de bem estar.
Reflita sobre o famoso pensamento:
“Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje”
Mas, gostaria que refletisse também sobre o pensamento:
“Não deixe para amanhã o que pode deixar prá lá”
Um novo abraço hoje, demorado e acolhedor! Juntos somos mais fortes!
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